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Professora de História Aposentada 30 anos de atividade em sala de aula.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

MINIMAMENTE FELIZ


Minimamente Feliz

Leila Ferreira



A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num outdoor em "Paris" e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida.
Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.

Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.

'Eu contabilizo tudo de bom que me aparece', sou adepta da felicidade homeopática. 'Se o zíper daquele vestido que eu adoro "volta" a fechar ("ufa!") ou se pego um congestionamento muito menor do que eu esperava, tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo.




Alguns crescem esperando a felicidade com maiúsculas e na primeira pessoa do plural: 'Eu me imaginava sempre com um homem lindo do lado, dizendo que me amava e me levando pra lugares mágicos Agora, se descobre que dá pra ser feliz no singular:
'Quando estou na estrada dirigindo e ouvindo as músicas que eu amo, é um momento de pura felicidade. Olho a paisagem, canto, sinto um bem-estar indescritível'.

Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou "em casa assustado", ele perguntou com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu. 'Adoro conversar com pessoas inteligentes'.
Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.

Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra 'quando'.
Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje. Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido?
Mesmo porque quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?
"Como" tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos.
E quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades.

Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam.

Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente
em compasso de espera.





terça-feira, 25 de outubro de 2011

PROFESSORES E SAÚDE

ensinoregular.blogspot.comet al., 2003). Os dados do Ministério da Educação, já em 2004, esclarecem que,et al. (2003, p. 106) resumem sete
remunerado da jornada de trabalho (Teixeira, 2001; Barreto e Leher, 2003; Oliveira,
2003).
É pertinente defender que o sistema escolar transfere ao profissional a responsabilidade
de cobrir as lacunas existentes na instituição, a qual estabelece mecanismos rígidos e
redundantes de avaliação e contrata um efetivo insuficiente, entre outros. A título de
exemplo, em 2002, o IV Congresso Nacional de Educação registrou o déficit nacional de
professores em educação básica no Brasil, pois eram necessários mais 836 731 para a
educação infantil, 167 706 para o ensino fundamental e 215 mil para o ensino médio
(Souza
somente no ensino médio, faltam na rede, para citar apenas um dos casos de
insuficiência de efetivo, 23,5 mil professores de física (MEC/INEP, 2004).
Como obter sucesso nos objetivos estabelecidos para o ensino num período de pouca
oferta de vagas, com salas de aula repletas de crianças e adolescentes? Quais seriam os
efeitos para o professor, se, no espaço da produção do ensino, não lhe são garantidas as
condições adequadas para atingir as metas que orientam as reformas educacionais
recentes? Sob essas condições, o único elemento de ajuste é o trabalhador, que, com
seus investimentos pessoais, procura auxiliar o aluno carente comprando material escolar
e restringindo o seu tempo supostamente livre para criar estratégias pedagógicas que
compensem a ausência de laboratórios, de salas de informática e de bibliotecas
minimamente estruturadas (Noronha, 2001).
Na última década, o trabalho docente tornou-se, por demanda do sindicalismo, tema de
vários estudos e de investigações, incentivando a formação de grupos e de redes de
pesquisadores organizados para esse fim. Souza
projetos de pesquisa com resultados consistentes e abrangentes que dão visibilidade, nos
anos de 1990, às precárias condições do trabalho docente e mostram sua associação com
sintomas mórbidos e a elevada prevalência de afastamentos por motivos de doença na
categoria.
As condições de trabalho, ou seja, as circunstâncias sob as quais os docentes mobilizam
as suas capacidades físicas, cognitivas e afetivas para atingir os objetivos da produção
escolar podem gerar sobreesforço ou hipersolicitação de suas funções psicofisiológicas.
Se não há tempo para a recuperação, são desencadeados ou precipitados os sintomas
clínicos que explicariam os índices de afastamento do trabalho por transtornos mentais.,

sábado, 15 de outubro de 2011

PROFESSORES RESPONSÁVEIS PELA EDUCAÇÃO

ESTOU COLOCANDO ESTE TEXTO DO PROFESSOR GERALDO RAMOS,PARA VERMOS QUE NÃO TEMOS NADA A COMEMORAR NO DIA DO PROFESSOR.


“A novela da qual fazemos parte
A situação caótica da educação brasileira tem raízes diversas e complexas. Quero, porém, abordar uma questão que poucas pessoas dispensam atenção – o discurso pedagógico. Nos últimos anos, os professores foram doutrinados a pensar que são inteiramente responsáveis pela educação (seja o sucesso, seja o fracasso), como se a relação professor-aluno fosse o único elemento a se considerar neste processo. As produções acadêmicas de psicólogos, pedagogos e psicopedagogos são unânimes em apontar o culpado pela decadência do ensino no país – o magistério. Claro que não dizem isso diretamente, mas é indiscutível que esta ideia está implícita em suas teorias.
A minha intenção é não cair no lugar comum e dizer que o sistema está falido devido à má formação e atualização dos professores, da desvalorização moral, social e econômica dos docentes, da falta de infra-estrutura da maioria das escolas do país, enfim, isso todos já sabem, não se discute.
O que estou propondo é ampliar este debate. Deste modo, vou citar um estudioso do assunto, Júlio Groppa, adorado por todos aqueles que compartilham o prazer de falar mal do magistério, sobretudo público. Trata-se de uma análise rápida, apenas com a intenção de ilustrar o que pretendo repudiar.
O senhor Júlio Groppa foi escolhido pela secretaria de educação da cidade onde leciono para apresentar uma palestra intitulada “A indisciplina na sala de aula”. Na ocasião, deixou os docentes revoltados com sua arrogância e colocou toda a culpa da desobediência dos alunos nas costas do professorado. Se levarmos em consideração que as palestras deste profissional são muito requisitadas pelas secretarias de educação pelo Brasil afora, trata-se de afirmar que é um discurso comprado (ou assumido) pelo Estado.
Em uma de suas entrevistas, o “professor” Júlio Groppa afirma que a questão da violência na escola é tratada com alarde pela imprensa e pelos professores. A situação é bem menos grave do que parece. Quando questionado sobre a posição dos docentes em falar que o problema está na (falta de) educação familiar do aluno, o referido autor é categórico ao dizer que o professor deveria “se silenciar” ao abordar questões que estão fora da sua alçada. Sem comentários!
Em outra ocasião, num artigo intitulado “da palavra e o professor: notas sobre pregar, narrar e democratizar”, o senhor Júlio Groppa busca no século XVII um texto referencial para defender suas teses. Trata-se de um sermão do Padre Antônio Vieira discorrendo sobre o fracasso das pregações do seu tempo. Desprovido de qualquer análise do contexto histórico de Vieira, o “educador” Júlio Groppa faz suas as conclusões do padre: o fracasso é culpa do pregador.
O estudioso da USP não está sozinho. Faz um bom tempo que as faculdades de pedagogia não fazem outra coisa senão culpabilizar os professores pelo insucesso da aprendizagem dos seus alunos. Poderia aqui citar outros inúmeros profissionais renomados que compartilham este pensamento.
Muitos educadores adoram trazer experiências bem sucedidas na Europa e adaptá-las ao Brasil. Claro que eles se esquecem que lá a educação é levada a sério. Os professores recebem um salário compatível com sua importância social. Pratica-se a verdadeira democratização do ensino, ou seja, a educação pública é freqüentada por todos. Desta forma, toda a sociedade realmente se preocupa com a qualidade de suas escolas. No Brasil, quem tem dinheiro simplesmente manda o filho para uma escola particular. Resolve-se, assim, o problema, bem ao jeitinho passivo do brasileiro!
Entretanto, quando penso na Europa como referencial educacional prefiro seguir uma prática bastante comum na maior parte deste continente: a distribuição de papéis. As leis educacionais costumam definir a seguinte estrutura: ao Estado cabe disponibilizar toda a estrutura para que as escolas possam funcionar; ao professor cabe a obrigação de ensinar, sendo apoiado pelo Estado neste papel; ao aluno cabe a obrigação de aprender, sendo apoiado pela família neste papel. Mais simples do que isso é impossível.
Sabe-se que as certezas e verdades são tão efêmeras quanto duvidosas. Porém, há muitos anos que o Brasil resolveu adotar um pensamento como dogma – a noção de ensino-aprendizagem. Assim como numa Inquisição, cometer a heresia de contestar esta verdade é passível de condenação, menos mal que hoje em dia dispensamos as fogueiras, embora mantenhamos os expurgos.
É preciso abrir um parêntese. Não estou colocando em discussão inúmeros estudos sérios demonstrando a relação estreita entre a forma de ensino e o tipo de aprendizado. Apenas chamo a atenção para os desdobramentos que isto acabou provocando no pensamento pedagógico, sobretudo brasileiro. Utilizando a lógica do dogma em questão, deduzimos que só há ensino se houver aprendizagem, ou seja, se o aluno não aprendeu é porque quem ensinou – o professor – falhou. Que engraçado, acho que já falamos disso lá em cima.
O discurso que aqui entendemos ser dominante na educação brasileira acabou por trazer uma triste consequência para o trabalho do professor. Diante da realidade (alunos semi-analfabetos chegando ao Ensino Médio), muitos colegas sucumbem e apesar de saber que seu aluno não tem condições de seguir adiante não querem conviver com o rótulo de fracassado. No final do ano, arruma-se sempre um “jeitinho” para que o “aproveitamento” seja “satisfatório”. Alimenta-se, desta forma, um circulo vicioso. Mas este mesmo discurso, bancado pelo Estado (viva Júlio Groppa!), está ajudando o Brasil a melhorar os seus números (viva Maquiavel!). Que coisa linda ver aquela mulher do comercial subindo as escadas do desenvolvimento na educação do país! O Ideb só melhora! Escolas e prefeituras pulam de alegria quando veem seus cofres mais cheios por cumprirem a meta do Ideb. O contraditório é que isso tudo contrasta com aquilo que os professores percebem no dia a dia do seu trabalho: a cada ano que passa o “nível” fica pior. Qual é o segredo?
Se você pensar um pouco mais, com calma, vai perceber o quanto de podre se encontra a educação brasileira. O país quer mostrar para o mundo que investe na educação, para isso precisa melhorar os índices de escolaridade. Uma das primeiras iniciativas foi a tão conhecida universalização da educação, garantindo a todas as crianças o acesso à escola. Para garantir lugar para toda esta demanda, era comum os governantes criarem escolas, assunto corriqueiro nas campanhas políticas. Com o passar do tempo, achou-se que não precisava de mais unidades, afinal, seguindo a linha do “coração de mãe”, quem dá aula pra 20 pode muito bem se virar com 40. E, afinal de contas, como já testemunhei uma educadora dizer, “não há nenhuma pesquisa comprovando que numa turma menor há melhor aprendizado”.
Outra iniciativa, esta mais recente, foi incluir a antiga Classe de Alfabetização no Ensino Fundamental, uma manobra simples que aumentava em 1 ano a escolaridade do brasileiro.
Paralelamente, buscou-se uma forma de quantificar a qualidade da educação. Encontrou-se uma fórmula mágica. O Ideb faz uma média entre a nota da Prova Brasil, os índices de evasão e de repetência. E não é de se estranhar que o peso dos números da repetência é maior do que o da avaliação nacional.
Agora é só fazer a brincadeira do siga os pontinhos: o Brasil quer que o Ideb do país melhore e para isso fornece gratificações para os estados e municípios que obtenha tal feito. Os estados e municípios querem receber mais dinheiro e por isso premiam as escolas que conseguem melhorar seu desempenho. Junta-se agora a fome com a vontade de comer. Temos um professor encurralado por dois lados: por um, a equipe pedagógica dizendo que quanto mais ele aprovar, mais competente ele é; de outro, uma secretária de educação ou o diretor de escola (loucos por mais verba) dizendo que quanto menos ele reprovar, menos chance de algo acontecer com ele (leia-se demissão, para os contratados; perseguições; transferências de escola; desvios de função, etc.). Ingredientes perfeitos para explicar uma das facetas da falência da educação no país.
Mas quando se culpa o professor pelo fracasso escolar do aluno, há de se debater outros pontos. Quando falamos em educação, somos obrigados a falar em quatro atores: Estado, professor, aluno e família. Toda vez que alguém restringe esta tarefa à relação professor-aluno incorre num erro grave.
Há pouco tempo li um texto de um colega professor, Declev Dib-Ferreira, que aborda, entre outras coisas, esta discussão. O autor dizia que recebemos, salvo algumas exceções, um aluno extremamente carente. Primeiro é o Estado, que desde os seus primórdios dias quase sempre não cumpre com que prometeu. Coisas “pequenas” como o que a constituição do país ordena: saneamento básico, saúde, segurança, habitação etc. Com isso, temos a criança e sua família desprovida de elementos básicos para se viver dignamente. E por falar em família, além de sofrer toda a falta do Estado, o aluno, antes de chegar até você, professor, ainda passa pela experiência de ser criado em ambientes tão desestruturados como os lares atuais. Poderia aqui falar da ausência de limites imposta às crianças, da falta de exemplos, da violência doméstica etc. Mas assim estaria desobedecendo às ordens do mestre Groppa.
Tudo isso foi pra dizer que quando recebemos um aluno em sala de aula, ele já se encontra afetado por inúmeros traumas que vão, indiscutivelmente, afetar seu desempenho educacional. No entanto, os mesmos atores (Estado e família) que malograram no seu papel, transferem para os docentes a culpa que deviam repartir.
Como os antigos hereges, não busco criar uma doutrina nova. É exatamente por acreditar na capacidade transformadora da educação que afirmo: somente avançaremos quando os quatro atores admitirem suas limitações e suas falhas. Enquanto a novela da qual fazemos parte continuar a colocar o professor como vilão, continuaremos a ver a mesma história, ano após ano.
Geraldo Ramos
Professo

BLOGAGEM COLETIVA -VIDAP/ALÉM



Tema proposto pela blogagem coletiva -VIDA -P/ALÉM,


Só existe uma experiência que ao longo da história e ao redor do mundo e em várias épocas,coloca toda o ser humano no mesmo patamar a MORTE.Ela é algo que todos teremos que encarar.Nada do que se faça
neste mundo,nem dinheiro,nem remédios,nem prestigio individual,poderá evitar que ela chegue.Essa é a grande verdade que iguala a humanidade.
A finalização com a morte,juntamente com a incerteza da vida após ela,resulta em medo para muitos.Porém existem os que não a encaram com medo e incertezas.
Acredito que após a morte,vamos encontrar aquilo que nós mesmos forjamos,através de nossos pensamentos,ações,ou dá vontade interior. Com certeza que na outra vida simplesmente não poderá haver nenhuma distinção,nem separação por credo,nem haverá mais ideologias,nem hinos nem bandeiras,não haverá mais fortunas e desamparo,não haverá mais cristãos,mulçumanos,judeus,hindus,etc..,mas somente almas humanas que terão  de prestar conta de como utilizaram o tempo que aqui na terra passaram.
Então entenderemos o que o envagelho de São João nos diz:
"Com efeito de tal modo Deus amou o mundo,que lhe deu seu único filho,para que todos que nele crer tenha a vida eterna,pois Deus não enviou o filho para condena-lo,mas para que o mundo seja salvo por ele."

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

EDUCAÇÃO PARA TODOS-

ensinoregular.blogspot.com
Educação para todos e todas
A educação é um direito humano fundamental em si mesmo. A educação é essencial para o desenvolvimento humano e para garantir o gozo de outros direitos.
No entanto, o livre acesso à educação já não é considerado suficiente para garantir o direito à educação. Outros três requisitos devem ser tomados em consideração:
Oportunidades iguais: O Estado deve garantir não só o acesso igual mas oportunidades iguais para se ser bem sucedido(a). Isso significa que algumas crianças podem precisar de mais apoio e de condições especiais. As crianças surdas, por exemplo, têm o direito às condições necessárias de apoio à sua aprendizagem, como Língua Gestual, auxiliares auditivos e intérpretes quando preciso. Outros ajustes têm de ser feitos para todas as crianças que tenham necessidades especiais para que sejam incluídas nas mesmas escolas do que as outras crianças e tenham as mesmas
oportunidades. As oportunidades iguais dizem respeito a outras situações que merecem atenção, como é o caso da língua materna da criança, condições existentes para os trabalhos de casa, acesso aos livros e outros materiais, ou qualquer dificuldade de aprendizagem. A existência de oportunidades iguais é fundamental para combater a exclusão e a pobreza.
Educação de qualidade: O Estado deve garantir o acesso igual a uma educação de qualidade. Frequentemente, existem dois tipos de escolas: de elite, com pessoal de alta competência e profissionalismo e infra-estruturas de elevada qualidade; e para os pobres, sem os recursos humanos e materiais adequados. Deve ser garantido um ensino básico que seja comum até uma determinada idade e que promova o conhecimento e capacidades necessárias para o futuro. De acordo com a definição da UNESCO, uma educação de qualidade deve ser baseada num quadro de direitos
humanos e abordar áreas recentes como a diversidade cultural, multilinguismo na educação, paz e não-violência, desenvolvimento sustentável e competências de vida.
Educação para o pleno desenvolvimento humano: todos e todas temos o direito a uma educação que não seja apenas aprender a ler, escrever e calcular. A Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma explicitamente que a educação deve “visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do homem e das
liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos (…)”. A Convenção sobre os Direitos da Criança afirma ainda, sobre o tipo de educação a que todas as crianças têm direito, que esta deve: “ Promover o desenvolvimento da personalidade da criança, dos seus dons e aptidões mentais e físicos na medida das suas potencialidades” e “preparar a criança para assumir as responsabilidades da vida numa sociedade livre, num espírito de compreensão, paz, tolerância, igualdade entre os sexos e de amizade entre todos os povos, grupos étnicos, nacionais e religiosos e com pessoas de origem indígena”.
A educação é em si mesmo um direito e um dever. Para compreender melhor a obrigatoriedade da educação e a sua importância é importante confrontar as crianças com a realidade de outras crianças que não têm acesso à educação e constatar como essa privação pode afectar as suas vidas no presente e futuro.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

TEXTO PUBLICADO NO JORNAL DA FOLHA SÃO APULO

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A corrupção é muito pior do que se imagina
Gilberto Dimenstein

Um teste realizado com 244.836 crianças da primeira série do ensino fundamental dá uma valiosa pista sobre os meios de produzir melhores alunos. A imensa maioria dos que passaram pela pré-escola teve melhores notas em língua portuguesa.
Dos que obtiveram ótimo, a nota máxima, como conceito somente 10,2% não tinham passado pela chamada educação infantil. Esse é apenas um detalhe observado num exame (Saresp) em que se avaliaram 4,5 milhões de alunos paulistas -grande parte dos quais da rede estadual- do ensino fundamental e médio.
Diagnóstico: os cidadãos que tiveram a oportunidade de serem estimulados desde o berço demonstraram mais chance de progresso intelectual e profissional. Prognóstico: se o poder público investir em educação infantil, os futuros trabalhadores serão mais qualificados, e os cidadãos, mais educados.
Apesar da extensão do teste realizado pela Cesgranrio, com inúmeras lições sobre avanços e deficiências -é inédita no Brasil uma avaliação de 4,5 milhões de alunos desse nível de ensino-, houve baixa repercussão.


Primeira explicação: ainda não nos convencemos, de fato, da importância do capital humano para o desenvolvimento de uma nação. Segunda: o país ainda não sabe que a gestão sofrível, além de retardar a qualificação dos cidadãos, é o maior ralo de dinheiro público que existe no país. Terceira: a onda de suspeitas de corrupção, em ritmo de espetáculo, concentra quase toda a atenção.
Na semana passada, num debate na Folha, o ministro Patrus Ananias, o secretário do Desenvolvimento Social do município de São Paulo, Floriano Pesaro, Lena Lavinas, da UFRJ, e Marcelo Nery, da FGV-RJ, demonstraram uma série de divergências. Concordaram, entretanto, em que as centenas de bilhões de reais drenados em programas de educação, saúde e assistência social poderiam ser mais bem usadas se tivéssemos mais indicadores e melhor gerência.
Como os gastos sociais significam, nos três níveis de governo, 25% do PIB (R$ 1,8 trilhão), estamos falando de R$ 470 bilhões. É sabido que parte desse dinheiro se perde na ineficiência. Por exemplo, falta de foco, dispersão de programas e dificuldade de entrosamento das ações em âmbitos municipal, estadual e federal.


Na galeria de assuntos vitais e submersos na barulheira da crise política está o Fundeb -a proposta de uma nova repartição de recursos da educação, que altera o financiamento dos ensinos médio e infantil. Foi proposto o aumento do ensino fundamental para nove anos. O problema gira em torno dos especialistas, longe, muito longe, dos beneficiários da educação: pais e seus filhos.
Um grupo de especialistas, por exemplo, lamenta que as creches tenham ficado de fora da proposta. Pesquisas e mais pesquisas têm demonstrado como o estímulo na fase de zero a três anos de idade é decisivo no desenvolvimento das crianças.


O governo federal lançou uma espécie de lei de responsabilidade fiscal aplicada à saúde, cujo objetivo é assegurar mais rigor nos gastos em saúde pública, nos quais existe, como se sabe, muito desperdício. Repercussão zero.
Nas últimas semanas, liberaram-se documentos que revelaram como a disseminação do programa Médico da Família reduziu a mortalidade infantil. Também baixíssima repercussão. É o mesmo impacto das estatísticas divulgadas há dez dias, nas quais se vê a redução da taxa de gravidez de adolescentes no Estado de São Paulo. Essa é uma praga nacional, que envolve 1 milhão de adolescentes todos os anos, sem contar os efeitos deletérios dos abortos. Gravidez na adolescência é uma praga que ajuda a explicar o aumento da miséria e até da violência.
Uma experiência que envolve governo, fundações e empresários, realizada em 2.400 escolas públicas abertas nos fins de semana, conseguiu reduzir os índices de agressão, as depredações, o tráfico de drogas e o desrespeito aos professores. Instrumentalizaram-se, nessas escolas, jovens para atuar como agentes comunitários. Mais uma vez, nenhuma repercussão.


Uma das mais importantes experiências sociais brasileiras é a redução da taxa de homicídios na região metropolitana de São Paulo; só na capital, a queda foi de 40%. Em bairros pobres devastados pela violência, como Heliópolis (120 mil habitantes), Cidade Tiradentes (150 mil habitantes) e Jardim Ângela (120 mil habitantes), graças a engenhosas articulações comunitárias, conseguiram ir mais longe: baixa de, respectivamente, 50%, 70% e 75%. Lembre-se de que, até pouco tempo atrás, o Jardim Ângela era apontado como a região mais violenta do planeta.
A repercussão dessas descobertas limitou-se, ainda assim escassamente, a São Paulo.


O efeito da corrupção é, como se vê, maior do que se imagina. Além do desvio de dinheiro e de abater o moral de todo um país, colabora para tirar ainda mais o foco do que realmente importa numa nação, que é a melhora de seu capital humano, cuja prosperidade significa mais empregos e salários.
PS - Estaremos atingindo um novo estágio de aprimoramento democrático quando nós, da mídia, dermos tantas páginas às mazelas da educação quanto damos à corrupção. Seremos um país de fato desenvolvido quando resultados como o do Saresp produzirem tanta emoção como os resultados futebolísticos. Pode não parecer, mas a habilidade de nossos alunos é mais importante do que a dos jogadores.


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

TUDO TÃO VAGO- Poema de Mario Quintana

                                                     
                                                        NOSSA SENHORA
                                                       NA BEIRA DO RIO 
                                                       LAVANDO OS PANINHOS
                                                       DO BENTO FILHINHO

                                                       SÃO JOÃO ESTENDIA
                                                       SÃO JOSÉ ENXUGAVA
                                                       E O MENINO CHORAVA
                                                       DO FRIO QUE FAZIA

                                                       DORME CRIANÇA
                                                       DORME MEU AMOR
                                                       QUE O FRIO QUE CORTA
                                                       DÁ  TALHO SEM DOR.

Tudo tão vago.........Sei que havia um rio......
Um choro aflito......Alguém cantou,no entanto.....
E ao monótono embalo do acalanto
O choro pouco a pouco se extinguiu

O menino  dormira.....mas o canto
Natural como as águas prosseguiu.....
E ia purificando como um rio
Meu coração que enegrecera tanto.....

E era a voz que eu ouvi um pequenino........
E era Maria, junto à correnteza
Lavando as roupas do Jesus menino....

Eras ...tu que ao me ver neste abandono,
Daí do Céu cantava com certeza
Para embalar ainda uma vez meu sono!..

Mario Quintana nascido em Alegrete,RS em 1906.Figura em inúmeras antologias nacionais e estrangeiras,em livros escolares,em dicionários de literatura.Gravou discos com poemas.Detentor de vários prêmios literários.
Alguns livros de poesia; A RUA DOS CATAVENTOS.;BAÚ DE ESPANTOS.
.entre outros,,,,,,,

terça-feira, 4 de outubro de 2011

AMIGOS


ESTE VIDEO ME FOI MANDADO PELA MINHA AMIGA SONIA SILVINO.AGRADEÇO DE CORAÇÃO E QUE ELA CONTINUE A VENCER SUAS DIFICULDADES.BEIJOS
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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A OSTRA FERIDA




                                                                   pérolas raras
VAMOS REFLETIR??????????????
“Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas"
Pérolas são produtos da dor;
Resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia.
As pérolas são feridas curadas.
Na parte interna da concha é encontrada uma substância lustrosa chamada NÁCAR. Quando um grão de areia a penetra, as células do NÁCAR começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra.
Como resultado, uma linda pérola vai se formando.
Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada...
Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de alguém?
Já foi acusado de ter dito coisas que não disse?
Suas ideias já foram rejeitadas, ou mal interpretadas?
Você já sofreu os duros golpes do preconceito?
Já recebeu o troco da indiferença?
Então, produza uma pérola!!!
Cubra suas mágoas com várias camadas de amor.
Infelizmente, são poucas as pessoas que se interessam por esse tipo de movimento.
A maioria aprende apenas a cultivar ressentimentos, deixando as feridas abertas, alimentando-as com vários tipos de sentimentos pequenos e, portanto, não permitindo que cicatrizem.
Assim, na prática, o que vemos são muitas "Ostras Vazias”, não porque não tenham sido feridas, mas, porque não souberam perdoar, compreender e transformar a dor em amor.
Um sorriso, um olhar, um gesto, na maioria das vezes, fala mais que mil palavras..
Autor: Desconhecido

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

NÃO PRECISAMOS DE PROFESSORES???????????????????



NÃO PRECISAMOS DE PROFESSORES

NÃO PRECISAMOS DE EDUCAÇÃO
NÃO PRECISAMOS DE PROFESSORES
AFINAL....
PARA QUEM QUER SER UM PAIS DE 1° MUNDO  ESTA BOM ASSIM.

Ronaldinho Gaúcho: R$ 1.400.000,00 por mês. "Homenageado na Academia Brasileira de Letras"... LETRADO ELE Tiririca: R$ 36.000,00 por mês, fora os auxílios e mordomias;"Membro da Comissão de Educação e Cultura do Congresso"...COMO DIZ OS GAÚCHOS - TCHÊ... QUE TAL?TRADUZINDO, O SALÁRIO DELE DÁ, PAGAR SÓ 30 PROFESSORES, E PARA AQUELES QUE ACHAM QUE EDUCAÇÃO NÃO É IMPORTANTE, CONTRATA O TIRIRICA PARA DAR AULA PARA SEU FILHO. Um funcionário da Sadia (nada contra) ganha hoje o mesmo salário de um ACT ou um professor iniciante, levando em consideração para trabalhar na empresa você precisa ter o fundamental, ou seja, de que adianta estudar, fazer pós e mestrado? Piso Nacional dos professores: R$ 1.187,00...Moral da História:Os professores ganham pouco, porque só servem para nos ensinar coisas inúteis como: ler, escrever e pensar.Sugestão:Mudar a grade curricular das escolas, que passaria a ter as seguintes matérias:- Educação Física: Futebol- Música: Sertaneja, Pagode, Axé- História: Grandes Personagens da Corrupção Brasileira Biografia dos Heróis do Big Brother Evolução do Pensamento das "Celebridades"- História da Arte: De Carla Perez a Faustão- Matemática: Multiplicação Fraudulenta do Dinheiro de Campanha Cálculo Percentual de Comissões e Propinas- Português e Literatura:??????????????????????? Para quê??????????? ???????????- Biologia, Física e Química: Excluídas por excesso de complexidade Está bom ou quer MAIS!!!!!!!!!!!!!ESSE É O NOSSO BRASIL!!!!!!

autor ignorado.